quinta-feira, 28 de fevereiro de 2013
quarta-feira, 27 de fevereiro de 2013
Números
Tudo que você possui pertence a uma das 10 maiores corporações mundiais. Para elas, você é apenas um número, e números, ao contrário do que pensamos, não contam
Basically every product you own, is owned by one of the 10 biggest corporations in the world. They don’t care about the environment, veganism, or if anything is cruelty free. You’re a number to them, and you make them billions upon billions of dollars.
I focus on almost every aspect of veganism on this account except for pictures of food. The majority of #vegan pictures are of food. As much as I think it’s important to learn about nutrition, veganism is much bigger than what’s for dinner.
If you’re not in it for the diet, read EVERY label, not just your food. I’m honestly horrified at how infused animal cruelty is to the products you use every day. What scares me even more is how little the public is actually aware of what’s going on.
I remember the first day I learned about animal testing ✂ and how crushed bugs were used as dyes and what gelatin is. The first thing I did when I came home from school was throw out every product in my parent’s cabinets: Tide, Downey, Cascade, Windex, Comet, Clorox, Dawn, Pert Plus, Crest, Dove, Listerine, etc… I got in a lot of trouble for it, but mainly because there was nothing left. How scary is that?
I don’t want you to feel bad because you didn’t know, but I DARE you to look through all of your products: your makeup, shampoo, toothpaste, dish soap, laundry detergent. All of it. Read the ingredients. (If you can’t pronounce it, don’t buy it). Find out the name of the company and their parent company.
If your product has an expiration date- it’s safe to say it’s way better for you than something with a “lifetime warranty!” I’m scared, but being scared is good. Being “okay” with big brother owning your kitchen and bathroom cabinets is scary. #vegansofig
http://instagr.am/p/Lrdk29miWf/
terça-feira, 26 de fevereiro de 2013
segunda-feira, 25 de fevereiro de 2013
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013
quinta-feira, 21 de fevereiro de 2013
quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013
Novos formatos II
"A percepção desta forte dimensão de disciplinarização dos moradores de favela, somada à desilusão de perceberem o limite da segurança que o Estado lhes propicia, leva os moradores à formularem uma crítica contundente (e, do meu ponto de vista, pertinente) à política de segurança efetivamente praticada pelo Estado nas favelas 'pacificadas': sua lógica é propiciar segurança sobretudo para os moradores dos bairros formais."
Veja artigo da antropóloga Márcia Leite no Canal Ibase: http://ht.ly/hRqbs
terça-feira, 19 de fevereiro de 2013
Quando é a gente que “se ferra”
Não, meus amigos, o que nos transforma em seres humanos é
aceitar com naturalidade toda vez que você percebe uma situação de “me ferrei”.
É fácil dizer “dane-se”. Dane-se o governo, dane-se a política,
dane-se o problema dos outros, eu vou é cuidar de mim. Segue a esse raciocínio
toda uma ladainha egocêntrica, conclamando a autoestima, a lógica do “se eu não
fizer por mim ninguém vai fazer” e etc.
Embora o dane-se tenha uma função interessante em momentos em
que cismamos com coisas que não são mesmo da nossa conta, não é isso que faz de
você uma pessoa melhor, mais madura, um ser humano mais generoso.
O desafio é...
Como você reage quando é VOCÊ que se ferra?
eu, por exemplo, reajo muito mal em incontáveis momentos. É um
HORROR. Sou de uma prepotência ridícula. Vou dar um exemplo:
Ontem eu estava sem um real na carteira. E sem gnv no carro.
Parei num posto só porque tem um caixa eletrônico lá. Desci do carro enquanto o
frentista botava gnv fui na loja de conveniência tirar dinheiro. Cheguei lá
e...cadê caixa eletrônico? Tiraram. Removeram. Tinha, mas acabou, não tem mais.
Fiquei MUITO contrariada. Porque, né, como um caixa eletrônico
que EU, essa pessoa essencial pro universo, quero usar, não está mais lá?
Paguei com cartão de débito e vim trabalhar. Voltei pra casa
etc. Na manhã seguinte eu tinha que ir ao cartório. Fiz um caminho a pé para
passar por outro posto de gasolina, esse sim com vários caixas eletrônicos.
Cheguei no terminal do Banco do Brasil e... estava sendo
consertado. Demoraria ainda UMA hora. Bom, me ferrei de novo, pensei. Mas, né,
sou um gênio e sei que tem um caixa eletrônico 24h que atende TODOS os bancos,
ha! Fui até ele e... estava desligado.
Nesse instante eu percebi que eu realmente tinha me ferrado. Não
é pra comemorar, porque é muito chato mesmo, eu tinha que pagar em dinheiro no
cartório. Mas, né, a-con-te-ce, é normal. Com todo mundo, por que não comigo?
Sou tão especial assim?
Em vez de usar minha incrível competência para ligar um app do
banco e achar outro caixa eletrônico mais próximo o que eu fiz? Fiquei ali,
reclamando, indignada, falando “cás-párêde”, que eu precisava, que era um
absurdo e blá blá blá blá blá blá.
Ou seja, quando EU me ferro eu acho inaceitável. Inconcebível.
Onde já se viu, eu, a rainha do tricô tunisiano, a princesa da Lapônia, não
tendo meu desejo atendido!
Meu amigo, que estava comigo, ria muito de mim. Eu me ferrei, é
engraçado mesmo. E aí ele me contou de outras vezes em que agi assim. E contou
que se lembrava do dia que uma mulher bateu no meu carro e eu desci
esbravejando... e outra ocasião em que me deram o troco errado, não percebi e
reagi muito mal... Partiu meu coração. Quer dizer que meu melhor amigo só se
lembra de momentos ruins meus? Quer dizer que eu promovo momentos horríveis que
são marcantes pras pessoas? Quer dizer que eu sou assim?
Fiquei pensando muito nisso. Conversei em casa. E ainda estou
pensando nisso.
NO jeito que a gente reage quando é nossa vez de enfrentar uma
ou muitas contrariedades. É, fechou na sua vez. Acabou na sua vez. Você se deu
mal.
Não estamos preparados pra isso. Não aprendemos a errar, perder,
ir mal, fracassar. Lidamos mal com toda adversidade, crítica, falha.
Nossa e alheia.
Tudo pode dar errado, mas não com a gente.
Aqui estou, pensando em aprender a me ferrar. Ou melhor, a
aceitar que “shit happens” para todos. Com mais tranquilidade, sem rancor, sem
raiva. Apenas aceitar e... resolver de outro modo.
Por isso, repito, não é o “dane-se” que vai salvar você. É o
“a-ha-ha-ha-ha, me ferrei” que vai trazer a liberdade que acompanha o
inexorável fato de que somos finitos, mortais e 100% iguais aos olhos do
universo.
Beijos.
segunda-feira, 18 de fevereiro de 2013
quinta-feira, 7 de fevereiro de 2013
E você?
Uma cena muito diferente aconteceu hoje pela manhã. Eu estava no elevador indo para o trabalho, quando um cuidador chinês de uma vizinha senhorinha, olhou pra mim e perguntou:
- Por que não tá sorrindo?
E eu cai na risada.
- Sorrir bom pra saúde, né?
E então um gesto tão simples, tão bobo, me deixou feliz. Não precisa ser rico, aristocrata ou fazer doutorado para perceber grandeza em pequenos gestos das pessoas. Não custa nada.
O chinesinho me deu esperança no ser humano.
Sim, porque, agora que estou acabando de ler 1808 e estou entendendo muito melhor o Brasil e o povo brasileiro. De um lado, estou pasma com o absurdo, o genocídio que foi a escravidão. Mesmo já sabendo, já tendo estudado na escola, é sempre chocante ler sobre a escravidão no Brasil. Foram 10 milhões de escravos arrancados da África para as Américas e tanto que morreu no caminho. Falamos de 20 milhões de pessoas, homens, mulheres e crianças, tratados e vendidos como gado. Ou pior.
De outro lado, o livro mostra bem a origem da corrupção no Brasil, da preguiça da corte que se espalhou por seus assessores e, consequentemente, para o povo, de muitos que exploravam o trabalho escravo, da caixinha para os serviços públicos, dos novos ricos que pagavam para ter títulos de nobreza e ostentar posições na sociedade, da falta de educação da população que jogava lixo pelas janelas (e hoje joga pela janela do carro).
Enfim, esta foi apenas uma pequena abordagem para nos fazer pensar nesse tema, a forma com que tratamos uns aos outros.
Mas, ok, temos assuntos mais urgentes no mundo do que esse. Eu, por exemplo, terei um dia (in)tenso, cheio de altos e baixos, coisas boas e ruins, agradáveis e desagradáveis. A vida é assim, mas torna-se bem diferente quando estamos rodeados por pessoas educadas e gentis.
Bom dia!
- Por que não tá sorrindo?
E eu cai na risada.
- Sorrir bom pra saúde, né?
E então um gesto tão simples, tão bobo, me deixou feliz. Não precisa ser rico, aristocrata ou fazer doutorado para perceber grandeza em pequenos gestos das pessoas. Não custa nada.
O chinesinho me deu esperança no ser humano.
Sim, porque, agora que estou acabando de ler 1808 e estou entendendo muito melhor o Brasil e o povo brasileiro. De um lado, estou pasma com o absurdo, o genocídio que foi a escravidão. Mesmo já sabendo, já tendo estudado na escola, é sempre chocante ler sobre a escravidão no Brasil. Foram 10 milhões de escravos arrancados da África para as Américas e tanto que morreu no caminho. Falamos de 20 milhões de pessoas, homens, mulheres e crianças, tratados e vendidos como gado. Ou pior.
De outro lado, o livro mostra bem a origem da corrupção no Brasil, da preguiça da corte que se espalhou por seus assessores e, consequentemente, para o povo, de muitos que exploravam o trabalho escravo, da caixinha para os serviços públicos, dos novos ricos que pagavam para ter títulos de nobreza e ostentar posições na sociedade, da falta de educação da população que jogava lixo pelas janelas (e hoje joga pela janela do carro).
Enfim, esta foi apenas uma pequena abordagem para nos fazer pensar nesse tema, a forma com que tratamos uns aos outros.
Mas, ok, temos assuntos mais urgentes no mundo do que esse. Eu, por exemplo, terei um dia (in)tenso, cheio de altos e baixos, coisas boas e ruins, agradáveis e desagradáveis. A vida é assim, mas torna-se bem diferente quando estamos rodeados por pessoas educadas e gentis.
Bom dia!
sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013
De que lado estamos?
Quando eu tinha 16 anos ainda morava no grajaú. Meu pai faleceu
e eu comecei a trabalhar. Eu acordava às 5 da manhã, pegava uma carona com
minha vizinha até a tijuca para depois sair correndo atrás de um ônibus que
dava a volta ao mundo até chegar no shopping Rio-Sul. A viagem era longa e o
ônibus era lotado. Na volta, eu tinha que pegar uma carona na saída do shopping
(outros tempos, não era tão inseguro como é hoje) para ir até o aterro do flamengo,
de lá, pegar um ônibus para o centro da cidade onde eu descia e caminhava até o
curso de inglês onde eu dava aula pra que a grana desse para sustentar minha
mãe, minha irmã e minha avó. Lá pelas 11 e tanto da noite eu pegava mais um
ônibus e voltava pra casa para, finalmente, jantar, tomar banho, estudar e
dormir.
Tudo isso para dizer que a carona que eu pegava até o aterro do
flamengo ou até qualquer lugar mais próximo era essencial pra mim. Eu realmente
precisava daquelas caronas de desconhecidos. A saída do shopping ficava lotada
de trabalhadores locais e era uma disputa acirrada quando um carro parava.
Dúzias de caras entravam pela janela do passageiro pra saber onde o motorista
estava indo.
E foi assim, de forma Darwiniana, que desenvolvi uma técnica de
sobrevivência para pegar carona. Quando não tinha mais lugar e eu estava ao
lado de uma pessoa em dúvida pra pegar ou não o carro, eu falava de forma bem
apressada e intensa:
- E aí? Eu vou ou você fica?
Confusa, a pessoa dizia qualquer alternativa como ‘eu fico’ ou
‘você vai’, sem se dar conta que as duas possibilidades desaguavam no mesmo
oceano: eu ia e o outro ficava.
Lembrei disso ao ler um artigo sobre o "Livro Negro da
Psicanálise”. O artigo dizia que Freud é uma fraude e que ele roubava nos
resultados científicos para fazer com que suas hipóteses sobrevivessem. Se ele
foi um gênio, deve ter sido um gênio de marketing pessoal. A autora, Catherine
Meyer formula a explicação com a mesma lógica intencional que eu usava quando
disputava carona. Ou seja, como coloca a autora, Freud disputava uma moeda
assim: "cara, eu ganho; coroa, você perde". E fiquei muito feliz ao
descobrir que nossas atitudes nunca serão únicas. De uma forma ou de outra
existe alguém que compartilha seu modo de agir ou de pensar.
Eu sou assim. Tenho meu jeito de ser, de pensar. E me sinto
feliz e apoiada quando encontro eco nos outros. Ou os outros em mim. E, sim, eu
sei que minhas alternativas iguais não eram exatamente um exemplo de ética, mas
era a forma de sobrevivência que eu encontrava naquele momento. Não me orgulho
disso, mas também não escondo para parecer perfeita.
A idade traz rugas e certezas. E ainda assim eu sou como eu sou.
E já não tenho mais vergonha disso, nem me sinto obrigada a pedir desculpas.
Mas é aí que devemos refletir sobre você, eu, sobre todos nós,
especialmente nessa onde de redes sociais onde nosso pensamento coletivo e o
comportamento social delata o estado de alma em que estamos. Se um dia tivemos
valores herdados pelos nossos avós, num mundo mais calmo que o atual, perdemos
a maior parte deles. O respeito pelos mais velhos, dar lugar para mulheres
grávidas no metrô, não trapacear, não falar mal dos colegas de trabalho, são
apenas os exemplos mais corriqueiros de ensinamentos que se perderam nas
confusas estruturas sociais e tornaram-se coisa de gente idiota...
Sendo assim, está na hora de parar e decidir o que realmente
somos. Se pagamos o guarda na hora da blitz, se alteramos o imposto de renda,
se não declaramos os bens que temos, se compramos drogas do traficante, se
baixamos torrentz sem pagar, se frequentamos boites, shoppings e cinemas com
instalações visivelmente irregulares (muitas vezes porque a lei é mesmo burra e
o mercado injusto) sem LUTARMOS para que as coisas sejam certas. Caso
contrário, temos que ter a decência de, pelo menos não apontar culpados que não
são melhores nem piores do que nós.
Diante disso, você sempre tem que escolher o lado em que vai
ficar. Mesmo que você mude lado ao longo da vida. Mesmo que você precise de ajuda
para decidir o seu lado.
Só não dá é pra ficar do lado onde tantos tentam ficar, do lado
de fora.
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