sexta-feira, 13 de abril de 2012

Saudade de mãe

Do nascimento aos 30 eu convivi com a minha mãe, ariana, thelemita e viajandona, como eu. Ela estaria fazendo 66 anos hoje e numa das últimas conversas sobre escolhas que tivemos, ela segurou minha mão e falou "ninguém precisa saber o que fazer da vida aos dezoito. Nem aos quarenta. Não assim, definitivamente...  Mas a gente precisa ter lanternas, sempre. Não importa o ofício, nossa obrigação é direcionar luz pras pessoas, é salvar muita gente da escuridão dos próprios pensamentos".

Ela falava também que a moda era falar da tal da zona. Zona de c-o-n-f-o-r-t-o. Vivia incomodada porque, em situações variadas, sempre escutava alguém falar que fulano não se sente bem fora de sua zona de conforto. Ela, definitivamente, não sabia onde que fica este lugar. E eu também não tenho um local específico de conforto pras minhas emoções. Porque tanto pra ela quanto pra mim, na vida profissional e pessoal toda zona sempre foi confortabilíssima.

Maria Alice, um beijo. Pra você.




"Naquela mesa ela sentava sempre
E me dizia sempre o que é viver melhor
Naquela mesa ela contava histórias
Que hoje na memória eu guardo e sei de cor
Naquela mesa ela juntava gente
E contava contente o que fez de manhã
E nos seus olhos era tanto brilho
Que mais que sua filha
Eu fiquei sua fã
Eu não sabia que doía tanto
Uma mesa num canto, uma casa e um jardim
Se eu soubesse o quanto dói a vida
Essa dor tão doída, não doía assim
Agora resta uma mesa na sala
E hoje ninguém mais fala do seu bandolim
Naquela mesa tá faltando ela
E a saudade dela tá doendo em mim"

(Sérgio Bittencourt)

Uniformidades

Todo ateu é intolerante. 
Todo negro é bandido. 
Todo pastor é ladrão. 
Todo padre é pedófilo. 
Todo religioso é alienado. 
Todo rockeiro é drogado. 
Todo colorido é gay. 
Todo gay é promíscuo. 
Todo idiota pensa assim.