sexta-feira, 2 de agosto de 2013

Papa pop?

Então, tenho visto muita gente empolgada com ele, com suas ações de humildade e de abertura (em alguns casos). Outros já falam que ele é um hipócrita. Estratégia da ICAR para fortalecer-se na América Latina, e retomar sua hegemonia religiosa... Bem, pra mim ainda é cedo falar, mas tenho achado ele sincero nas suas ações e coerente em algumas falas... Devemos deixar claro que a poderosa Igreja não aparecerá renovada amanhã, aceitando comportamentos completamente contrários aos seus preceitos, como por exemplo o aborto e a união homoafetiva. Marqueteiro também? Acho que sim. Ele foi escolhido exatamente pra iniciar uma reforma da Igreja. Diz que vai mandar investigar as falcatruas do Banco do Vaticano e que não vai perdoar os padres pedófilos... Por outro lado, ele é um chefe de Estado (concordemos ou não) e não pode fazer todas as mudanças sozinho... da mesma forma que não podemos exigir isso da nossa Presidenta.


Enfim, penso que ninguém é uma coisa sempre. Ele pode ser sincero e marqueteiro ao mesmo tempo... mas realmente é cedo para saber. Talvez alguém aqui tenha uma opinião mais fundamentada, sem base em preconceitos de um lado, ou idolatria do outro.

Fato é que não devemos tirar os méritos de conduta pessoal do novo pontífice. Que são visíveis. Até porque ele foi "escolhido" *por Deus* (acredite se quiser) para ser o novo representante da igreja exatamente por suas qualidades pessoais. Mas, conhecendo as organizações, sabemos que o verdadeiro poder está nos bastidores (aqueles que elegem o representante). E SE escolheram uma pessoa com esse perfil, é porque precisam passar essa imagem para o povo (ou mercado).

Ele é o que está na frente do comando. É quem dá as ordens. Mas de onde vêm essas ordens? Ora, do "poder oculto". E isso não tem nada a ver com "teorias da conspiração".

Não dá para simplesmente apagar o histórico de matanças e dominações dessa entidade ao longo de seus cerca de 2 mil anos. Só que muitas pessoas se preocupam com o que aconteceria com o povo se essa entidade fosse desmascarada. Achando que o povo, ficando sem seu símbolo máximo de religiosidade poderia perder o chão e a coisa degringolar.

Eu não me preocupo nem um pouco com isso. O povão é ávido por "acreditar" em alguma coisa. Expert em mistificar coisas. Em depositar sua fé em um salvador. Em seguir um líder. Em ter um chefe que dê ordens. Em ter um guru para seguir. Saindo essa entidade, logo logo achariam alguma coisa para substituí-la. E... o que não falta no mercado é "candidato" a Jesus, a Buda e por aí vai.

Não sou contra religiões, ordens, seitas. Mas não me associo a elas. Entendo a importância dessas organizações na vida das pessoas. E sou contra as atrocidades dessa entidade específica, cometidas ao longo da história em nome de um Deus que nunca pediu nada pra ninguém.

Até concordo com a filosofia do confiar desconfiando, só não dá pra ficar armado e achar que tudo é só safadeza. A igreja, como toda instituição é o reflexo da sociedade que ela representa. E se os "malandros" fazem o certo pelos motivos errados, é ainda menos pior do que fazer o errado por motivos errados...

Minha visão.