sexta-feira, 29 de abril de 2011

Mas é claro que sou feliz


Eu nunca fui santa. Minha índole é assídua freqüentadora da lista canônica dos sete pecados capitais (com destaque para gula, cobiça e luxúria). Já roubei pirulito de criança, xinguei a mãe do juiz, estacionei em lugar proibido. Jamais aspirei ao Paraíso ou ao Nirvana (ou como queiram chamar). Jamais atingi o Samadhi e não me sinto nem um pouco frustrada por conta disso.



- Há um certo exagero em mim que não pode se calar. Falo muito e falo alto, falo muito alto. Ouço tudo, opino sempre, ofereço ajuda mesmo quando não a pedem. Trato bem até quem não merece, mas faço questão de tratar mal a quem mereça. Digo que amo a quem precisa ouvir. Não digo nada para quem não me faz diferença. Falsidade não a pratico, mas se você for falso comigo apenas lhe oferecerei a reciprocidade.


Abraço apertado, beijo sem querer parar e, geralmente, não paro. Aliás, nunca paro, se cansar de mim, me tire da tomada e me coloque para dormir. Porque também adooooro dormir e sonhar. Se eu começo vou até fim, o que não quer dizer que eu siga sempre pelo mesmo caminho. Sei o que quero e busco para ter. E, quando quero, eu quero agora, quero para sempre. Quando não quero é para nunca mais querer.


Tenho qualidades, tenho defeitos, sou humana, sou real, gosto dos meus erros, mas quero sempre ser alguém melhor. Carrego saudade, sonho com lembranças, planejo o futuro às vezes presa ao passado de um tempo bom que se foi. Choro, sorrio, envergonho, esforço e me canso. Sim, também vou ao banheiro, todos vão, mas... poucos lavam as mãos, é esse o diferencial. Eu sempre lavo as mãos.


A questão não é fazer, mas fazer direito. Não que a perfeição seja uma meta, mas não vou desperdiçar a MINHA vida almejando o imperfeito. Você que faça o que quiser com a sua. Sou sempre quem eu preciso ser. Amiga, amante, carrasca, indiferente, irmã, mãe, incentivadora, opositora, escarlate. Há muitas outras aqui dentro de mim, mesmo que em meu coração ainda haja só uma.


Posso estar junto, posso estar distante, não importa. Não sou trivial. Não sou qualquer coisa. Não sou visual. Não sou saco de estrume. E mesmo assim continuo amando quem não me enxerga como eu realmente sou. O que interessa é que estou sempre perto de ir cada vez mais longe. Então, me dê licença, estar fora de controle é o meu ponto de equilíbrio, e quanto a você: limite-me se for capaz.

quarta-feira, 27 de abril de 2011

A ordem dos fatores altera a característica do produto?

Acabo de ler uma matéria sobre uma garota que fez cirurgia de redução de estômago. Ela engordou 40 quilos sem perceber. Tentou de tudo para emagrecer e como não conseguiu fez a cirurgia. E é bonita. E eu acredito sim que uma pessoa possa engordar 40 quilos porque eu engordei mais de 10 sem conseguir impedir que isso acontecesse.

Mas cada história é uma. Na minha, eu quero entender o que me leva a engordar, quero entender meu comportamento (esse que me leva a comer mais do que necessito), quero me sentir capaz de revertê-lo e, mais tarde, impedi-lo. Essa é a minha viagem. É meu jeito de perceber as coisas. Na minha vida, que me foi dada pelo universo eu quero viver de forma experimental, acertando e errando, mas, sobretudo, entendendo e aprendendo.

É a parte que eu mais gosto. E, por mais que eu odeie meu sobrepeso eu jamais eliminaria mais de dez quilos de uma vez de forma cirúrgica. Meu desejo de ser dona de mim mesma é maior do que a vontade que tenho de dar satisfações para as cobranças do mundo em relação a mim. Não sou uma pessoa insegura em minha essência nem me sinto pressionada para ser jovem e linda. Às vezes me percebo aqui, ficando enrugada e coroa e rindo muito disso tudo. E, mais que isso, na medida do possível, faço força para não julgar quem age de forma diferente.


O assunto 'sobrepeso' sempre me interessou, mesmo se eu estivesse magra. É curioso como o mundo olha e julga quem está gordo. Digamos que a pessoa desenhe muito bem e seja gorda. O pensamento médio das pessoas poderia ser:



- "Ela é uma mulher gorda. E desenha muito bem."


Mas não é isso que as pessoas pensam. No fundo, elas constroem o julgamento assim:


-"Ela desenha bem. Mas é muito gorda..."
Ou seja, o fato dela ser gorda INVALIDA sua qualidade de boa desenhista. É como se o fato dela ser gorda anulasse o fato de desenhar bem. No fundo as pessoas pensam isso mesmo: "do que adianta ser criativa e desenhar bem se ela é gorda?" A mensagem contida é a seguinte: ser magra é o essencial, o básico, o exigido pela sociedade. Desenhar bem ou mal tanto faz, é só um detalhe.

Tanto é verdade que quando o público vê uma gostosa analfabeta todo mundo parte pra defesa da beleza. (Vide os BBBs da vida...) E daí que ela é burra? Ela é linda e isso é o que importa! A BELEZA neutraliza qualquer DEFEITO e a gordura anula qualquer QUALIDADE!


Olha, isso é muito cruel. E, convenhamos, qualquer pessoa um pouco insegura e acima do peso pira... Não é à toa que tanta gente faz dieta louca, fuma pra tirar o apetite e agride a própria saúde. A pessoa não consegue ver todas as suas virtudes anuladas por sua figura física no espelho. Pra mulher é ainda mais cruel.


E se viajarmos mais profundamente, vamos perceber que as mesmas pessoas que julgam as outras pela imagem do espelho são as mesmas que não conseguem ter raciocínio para interpretar determinados assuntos. As pessoas não sabem mais argumentar, não sabem pensar, não conseguem montar uma ordem lógica pras coisas que falam. É assustador.

Querem exemplo?


Um garoto do Facebook disse que eu não podia falar que a Suzana Vieira cantava mal porque eu não canto bem. Não posso? Por que não posso? Qual a lógica? Se eu canto mal eu apenas canto mal, não significa que eu seja surda. Eu posso cantar mal e ter bom ouvido e detectar que outra pessoa canta mal. Quer dizer que a pessoa acha que só quem canta BEM pode julgar que outro canta mal? Então um anão olha um cara de 1.50 e um de 1.90 e ele não pode julgar que o primeiro é baixinho? Porque ele é menor? Mas ele não é cego, é anão!


Gente, é um argumento completamente sem nexo. As pessoas entendem que criticar o outro é um DIREITO ADQUIRIDO POR COMPETIÇÃO. Mariana e Joyce se pesam. Se Mariana pesar 150 quilos e Joyce pesar 200, Joyce não tem o direito de falar que Mariana é gorda?

Só porque ela é mais gorda que a outra? Não faz sentido. Falem sério. Isso só acontece na cabeça de quem julga todo mundo POR S.. Se o padrão médio de uma pessoa é 70 quilos para o fabricante do elevador, então, todo mundo que tem mais de 70 quilos está acima do peso pra aquele padrão. Não é em relação A VOCÊ.
Infelizmente é assim que tenho percebido o povo pensante achar que pensa. Todo mundo insiste em comparar tudo consigo mesmo. Isso é o princípio do egocentrismo, achar que é o 'padrão' comparativo do mundo inteiro.

Enfim, se isso tudo foi um desabafo eu não sei mas o fato é que estou até me sentindo mais leve...









Fonte: @rosana

terça-feira, 26 de abril de 2011

Quebra-cabeça real

Online jigsaw puzzles from JigsawSite.com


Por que as pessoas se interessam tanto por Kate e Williams? Claro, ele é jovem, bonito e filho de Lady Di e ela é linda. Mas o que pega mesmo é o mito da felicidade eterna e perfeita, o conto de fadas do príncipe encantado que casa com a plebeia. É como ver no mundo real uma encenação de uma lenda. É como ter ali, diante dos olhos, a certeza de que algo fascinante pode acontecer com qualquer um de nós.

Entre no Orkut e, só por curiosidade, digite Kate Middleton no campo de pesquisa. São vários perfis falsos da moça e mais uma porção de comunidades dedicadas ao casamento real. Isso no Orkut, que só faz sucesso no Brasil e na Índia. E aí tem o Facebook. E o Twitter. E o YouTube. E os incontáveis resultados no Google. Não adianta. Até 6a. feira, dia do casamento, só vai dar esse assunto. Tem até aplicativo para iPad e canal de notícias no Flipboard.


Além das explicações lógicas, tem aquela necessidade da mídia e do público de encontrar um fato para poder acompanhar, aplaudir e sonhar. Vamos todos cobrir, comentar, fazer piadas, morrer de rir e, em seguida, vamos voltar para nossas vidas normais, aquela que empilha as contas na nossa mesa e cobra a entrega do Imposto de Renda.


Talvez a melhor interpretação seja justamente aquela que liga o mundo real ao irreal. De vez em quando ficamos cansados das nossas rotinas e damos uma volta pela vida dos outros. E, se é pra dar uma voltinha na vida de alguém, que seja de uma futura princesa. Dá quase aquele gostinho de brincar de rainha por um dia.

http://noticias.r7.com/blogs/querido-leitor/

segunda-feira, 25 de abril de 2011

Manshiyat Naser



Eu estava procurando links para uma reunião e tropecei nesta informação. Manshiyat Naser é um assentamento no Cairo onde toda a população é de "Zabbaleen", pessoas que trabalham com o lixo, catando, triando e reciclando.

Não tem como não se impressionar.

Não tem como não parar para pensar na vida e no que temos.

http://noticias.r7.com/blogs/querido-leitor/

quarta-feira, 20 de abril de 2011

Simetria



Made by Everynone


in collaboration with WNYC | Radiolab


http://www.everynone.com


http://www.radiolab.org


Via @jeffpulver

terça-feira, 19 de abril de 2011

Se eu vou no casamento?



Acabei de ler esse artigo: "Casamento real vai ter 327 milhões de fotografias, diz pesquisa." Sim, o novo 'casamento do século', entre o príncipe William e a plebeia Kate Middleton está agitando o maravilhoso mundo da mídia. Até a T-Mobile fez um videoparódia, misturando a ideia do casamento dançado do casal JK com Kate e William. Aliás, a CNN abriu um perfil no Twitter pra falar do casamento, o @royalweddingCNN  

Se eu vou no casamento? Claro que vou. Já confirmei presença.

A gente vive de baile funk, pagode, novela e contos de fadas...

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Onde as crianças do mundo dormem


James Mollison viajou ao redor do mundo e decidiu criar uma série de fotografias mostrando os quartos infantis por onde passava. As fotografias foram depois compiladas em um livro intitulado Onde as crianças dormem. Cada par de fotografias é acompanhada por uma legenda estendida que conta a história da criança. As diferenças entre um e outro espaço do sono é impressionante. Mollison nasceu no Quênia em 1973 e cresceu na Inglaterra. Depois de estudar arte e design na Universidade de Oxford Brookes, e cinema e fotografia em Newport School of Art and Design, ele se mudou para a Itália para trabalhar no laboratório criativo da fábrica da Benetton.

O projeto tornou-se uma referência de pensamento crítico sobre a pobreza e a riqueza, sobre a relação das crianças com as suas posses - ou a falta delas.

O fotógrafo espera que seu trabalho ajude outras crianças a pensar sobre a desigualdade no mundo, para que, talvez, no futuro pensem como agir para diminuir esta diferença.




Lamine, 12 anos, vive no Senegal. As camas são básicas, apoiadas por alguns tijolos. Aos seis anos, todas as manhãs, os meninos começam a trabalhar na fazenda-escola onde aprendem a escavação, a colheita do milho e lavrar os campos com burros. Na parte da tarde, eles estudam o Alcorão. Em seu tempo livre, Lamine gosta de jogar futebol com seus amigos.




Tzvika, nove anos, vive em um bloco de apartamentos em Beitar Illit, um assentamento israelense na Cisjordânia. É um condomínio fechado de 36.000 Haredi. Televisões e jornais são proibidos de assentamento. A família média tem nove filhos, mas Tzvika tem apenas uma irmã e dois irmãos, com quem divide seu quarto. Ele é levado de carro para a escola onde o esporte é banido do currículo. Tzvika vai à biblioteca todos os dias e gosta de ler as escrituras sagradas. Ele também gosta de brincar com jogos religiosos em seu computador. Ele quer se tornar um rabino, e sua comida favorita é bife e batatas fritas.




Jamie, nove anos, vive com seus pais e irmão gêmeo e sua irmã em um apartamento na quinta Avenida em Nova Iorque. Jamie frequenta uma escola de prestígio e é um bom aluno. Em seu tempo livre, ele faz aulas de judô e natação. Quando crescer, quer se tornar um advogado como seu pai.




Indira, sete anos, vive com seus pais, irmão e irmã, perto de Kathmandu, no Nepal. Sua casa tem apenas um quarto, com uma cama e um colchão. Na hora de dormir, as crianças compartilham o colchão no chão. Indira trabalha na pedreira de granito local desde os três anos. A família é muito pobre para que todos tenham que trabalhar. Há 150 crianças que trabalham na pedreira. Indira trabalha seis horas por dia além de ajudar a mãe nos afazeres domésticos. Ela também freqüenta a escola, a 30 minutos a pé. Sua comida preferida é macarrão. Ela gostaria de ser bailarina quando crescer.



Kaya, quatro anos, mora com os pais em um pequeno apartamento em Tóquio, Japão. Seu quarto é forrado do chão ao teto com roupas e bonecas. A mãe de Kaya faz todos os seus vestidos e gostos -Kaya tem 30 vestidos e casacos, 30 pares de sapatos, perucas e um sem contar de brinquedos. Quando vai à escola fica chateada por ter que usar uniforme escolar. Suas comidas favoritas são a carne, batata, morango e pêssego. Ela quer ser cartunista quando crescer.



Douha, 10, mora com os pais e 11 irmãos em um campo de refugiados palestinos em Hebron, na Cisjordânia. Ela divide um quarto com outras cinco irmãs. Douha freqüenta uma escola, a 10 minutos a pé, e quer ser pediatra. Seu irmão, Mohammed, matou 23 civis em um ataque suicida contra os israelenses em 1996. Posteriormente, os militares israelenses destruíram a casa da família. Douha tem um cartaz de Maomé em sua parede.



Jasmine (Jazzy), quatro anos, vive em uma grande casa no Kentucky, EUA, com seus pais e três irmãos. Sua casa é na zona rural, rodeada por campos agrícolas. Seu quarto é cheio de coroas e faixas que ela ganhou em concursos de beleza. A garota já participou de mais de 100 competições. Seu tempo livre é todo ocupado com os ensaios. Jazzy gostaria de ser uma estrela do rock quando crescer.




A casa para este garoto e sua família é um colchão em um campo nos arredores de Roma, Itália. A família veio da Romênia de ônibus, depois de pedir dinheiro para pagar as passagens. Quando chegaram em Roma, acamparam em terras particulares, mas foram expulsos pela polícia. Eles não têm documentos de identidade, de forma que não conseguem um trabalho legal. Os pais do garoto limpam pára-brisas de carros nos semáforos. Ninguém de sua família foi um dia para a escola.




Dong, nove anos, vive na província de Yunnan, no sudoeste da China, com seus pais, irmã e avó. Ele divide um quarto com a irmã e os pais. A família tem uma propriedade que permite cultivar quantidade suficiente de seu próprio arroz e cana de açúcar. A escola de Dong fica a 20 minutos a pé. Ele gosta de escrever e cantar. Na maioria das noites, ele passa uma hora fazendo o seu dever de casa e uma hora assistindo televisão. Dong gostaria de ser policial. 



Roathy, oito anos, vive nos arredores de Phnom Penh, Camboja. Sua casa fica em um depósito de lixo enorme. O colchão de Roathy é feito de pneus velhos. Cinco mil pessoas vivem e trabalham ali. Desde os seis anos, todas as manhãs, Roathy e centenas de outras crianças recebem um banho em um centro de caridade local, antes de começar a trabalhar, lutando por latas e garrafas de plástico, que são vendidos para uma empresa de reciclagem. Um pequeno lanche é muitas vezes a única refeição do dia.




Thais, 11, mora com os pais e a irmã no terceiro andar de um bloco de apartamentos no Rio de Janeiro, Brasil. Ela divide um quarto com a irmã. Vivem nas vizinhanças da Cidade de Deus, que costumava ser conhecida por sua rivalidade de gangues e uso de drogas. Thais é fã de Felipe Dylon, um cantor pop, e tem pôsteres dele em sua parede. Ela gostaria de ser modelo.




Nantio, 15, é membro da tribo Rendille no norte do Quênia. Ela tem dois irmãos e duas irmãs. Sua casa é uma pequena barraca feita de plástico. Há um fogo no centro, em torno do qual a família dorme. As tarefas de Nantio incluem cuidar de caprinos, cortar lenha e carregar água. Ela foi até a escola da aldeia por alguns anos, mas decidiu não continuar. Nantio está esperando o seu moran (guerreiro) para casar. Ela só tem um namorado no momento, mas não é incomum para uma mulher Rendille ter vários namorados antes do casamento.




Joey, 11, mora em Kentucky, EUA, com seus pais e irmã mais velha. Ele acompanha regularmente o seu pai em caçadas. Ele é dono de duas espingardas e uma besta, e fez sua primeira vítima -um cervo- quando tinha sete anos. Ele está esperando para usar sua besta durante a temporada de caça seguinte. Ele ama a vida ao ar livre e espera poder continuar a caçar na idade adulta. Sua família sempre come carne de caça. Joey não concorda que um animal deve ser morto só por esporte. Quando não está caçando, Joey freqüenta a escola e gosta de ver televisão com o seu lagarto de estimação, Lily.

Earth Song

Um dos maiores sucessos de Michael Jackson no Reino Unido é a ecológica "Earth Song". A letra fala de desmatamento, sobrepesca, poluição e, por um pequeno detalhe, talvez você nunca terá a oportunidade de assistir na televisão.  "Earth Song" nunca foi lançada como single nos EUA, historicamente um dos maiores poluidores do planeta.

Filmado na África, Amazônia, Croácia e New York.

sexta-feira, 15 de abril de 2011

Chá de cadeira

Deixando os conceitos do bom design de lado, o blog do Andre Godoi conseguiu me arrancar os inusitados suspiros de "- OOHHH... mais que fofo!!!" Ele mostra:

uma cadeira, chamada de "Clutch Chair" com 10 mil canudinhos"



uma linda Poltrona Flor - Prima Design - Criação de: Eulália de Souza Anselmo
-"utiliza flores de crochet em pura lã feitas por mulheres da periferia da cidade de Bagé. Este trabalho remunera atualmente 30 mulheres carentes. Traz a marca indiscutível de Eulália Anselmo , que sempre aposta na produção sustentável." (Texto da revestir.com.br)


E essas... tem coragem de sentar? Que fooooooffffaaaasss!!!
 














Zona de conforto


Sabia? A moda agora é a tal da zona. Zona de c-o-n-f-o-r-t-o. Todo dia, em situações variadas, escuto alguém falar que fulano não se sente bem fora de sua zona de conforto. Eu não sei onde que fica este lugar. E eu também não tenho um local específico de conforto pras minhas emoções. Na minha vida toda zona é confortabilíssima...

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Marketing do açoite

A arquitetura dos prédios dos shoppings e hipermercados dá uma facilitada no marketing e na visibilidade. É ou num é? Em Cabrobó ou em Roma, quando a gente mira aqueles arcos amarelos medonhos, ainda que muito distantes, sabe que lá tem um "Mac-Trash". E assim por diante. Então pra que este povo precisa contratar jovens pra pirulitar na porta do Wal Mart, num sol de 780 graus?


É concurso pra ver qual o mecanismo de propaganda mais idiota e desumano?








Queria dizer uma coisa II

Acabo de sair de uma reunião de gente sem caráter que ocupa espaços de poder. Mas... no canto da sala, um senhor de idade, o mais chato de todos, cantarolou uma aula ímpar de ética e responsabilidade. Dá um alento messssmo de ver gente íntegra ocupando espaço no mundo. Não deu pra segurar. Eu tive que concluir que HÁ MALAS QUE VEM PARA O BEM.



quarta-feira, 13 de abril de 2011

That´s over, baby

Hoje comemora-se o Dia do Beijo. Quando estamos beijando... estamos trocando com a pessoa uma energia essencial (que está presente em nossa saliva, suor, qualquer tipo de secreção etc...). No momento do beijo somos levados a uma sensação única de entrega... então que seja com alguém especial...  alguém que levante em nós o desejo de beijar!Trabalhemos a nosso favor... Que tenhamos coragem para trazer para as nossas vidas momentos especiais... e muitas vezes para isso temos que encerrar situações para abrir espaços para os novos caminhos. Que assim seja.




O mundo é grande e cabe
nesta janela sobre o mar.
O mar é grande e cabe
na cama e no colchão de amar.
O amor é grande e cabe
no breve espaço de beijar.
Carlos Drummond

O sucesso excita

Ficar subitamente em meio à roda, na berlinda, sob as luzes e com todos os olhares voltados para você, abala. O excesso de luz deslumbra, porque lumbre é luz mesmo. Muita luz, muito deslumbramento.

Todo mundo que já subiu num palco, deu uma entrevista, falou para uma multidão, foi hit no YouTube, Trending Topic no Twitter, sucesso no bairro sabe do que estou falando. Do nada, a lâmpada recebe uma carga imensa de energia. Em geral, explode.

Apesar da sudorese, da boca seca, das pernas trêmulas, essa excitação adrenalizada é prazerosa. Dá poder instantâneo ao corpo e muita importância para quem mais é sedento de atenção e reconhecimento, o ego.


A carga de adrenalina é parecida com aquela experimentada nos esportes radicais e o poder, parecido com aquele conferido às autoridades.


Mesmo que não seja pra sempre, todo mundo quer experimentar essa sensação ao menos uma vez na vida. É gostoso. Ego-stoso.


Já vivi alguns momentos intensos, já fiz muito eco, já fiz algum barulho. Ainda que de forma tênue, já senti o poder da TV e das polêmicas. Hoje, na minha idade, não gosto mais tanto de barulho. Gosto mais de viver a vida pela trilha sonora do jazz, das músicas mais alegres e melodiosas. Eventualmente, claro, dou minhas buzinadas e bato forte o tambor.


Por enquanto, fico aqui, observando os passarinhos do Twitter, da Internet, da vida real, piando, cantando, gritando, ciscando, berrando e batendo asas. Olho pra eles e compreendo que estão todos legitimamente buscando o desejo de, ao menos uma vez, sentir a delícia de voar.


O sucesso dá asas.


Ou você plana e pousa bem ou se arrebenta no chão.

Voar é para os equilibrados.

http://noticias.r7.com/blogs/querido-leitor/

Dessa vez a telinha acertou

Para começar, nem é preciso lembrar que um programa com Andrea Beltrão e Fernanda Torres nos principais papéis já leva uma grande vantagem.

Dito isso, falta ressalvar: “Tapas & beijos” não se limita ao talento das duas e vai ainda muito mais além.

No bairro que é cartão-postal do Rio de Janeiro mundo afora, as personagens buscam o riso através de suas desventuras amorosas: a primeira chegou a se casar na igreja, mas foi abandonada de cara pelo marido, mestre-salas vivido pelo ator Érico Brás, que volta, na história, após cinco anos de ausência; a segunda é amante de Armane (Vladimir Brichta), homem casado e dono de uma importadora no bairro. O Armane é o playboy de Copacabana, um muambeiro, que vive de enrolar a Fátima eternamente. Ela se refere à mulher dele como uma encostada, pois, diferentemente dela, é independente financeiramente. E a melhor sacada é que não há risco de o público feminino rejeitá-la no papel da amante, solidarizando-se com a mulher (que não aparecerá na trama): No fundo ela respeita a esposa dele, sabe qual é o seu papel na história. Por acaso tem uma outra na história que impede que eles durmam juntos. São inflexões que não chegam a atravessar a linha da corrupção. Servem para que todos convivam dentro da harmonia possível.

Portanto, “Tapas & beijos” também acerta driblando as lições de moral (coisa de que “A grande família”, por exemplo, não pretende escapar). Dessa vez a globo acertou na mão. Surpreendeu e adorei.


Saudade de mãe

Do nascimento aos 30 eu convivi com a minha mãe, ariana e viajandona, como eu. Ela estaria fazendo 65 anos hoje e numa das últimas conversas sobre "escolhas", que tivemos, ela segurou minha mão e falou "ninguém precisa saber o que fazer da vida aos dezoito. Nem aos quarenta. Não assim, definitivamente... Mas a gente precisa ter lanternas, sempre. Não importa o ofício, nossa obrigação é direcionar luz pras pessoas, é salvar muita gente da escuridão dos próprios pensamentos".

terça-feira, 12 de abril de 2011

Muito prazer

Eu nunca fui santa. Minha índole é assídua freqüentadora da lista canônica dos sete pecados capitais (com destaque para gula, cobiça e luxúria). Já roubei pirulito de criança, xinguei a mãe do juiz, estacionei em lugar proibido. Jamais aspirei ao Paraíso ou ao Nirvana (ou como queiram chamar). Jamais atingi o Samadhi e não me sinto nem um pouco frustrada por conta disso.


- Há um certo exagero em mim que não pode se calar. Falo muito e falo alto, falo muito alto. Ouço tudo, opino sempre, ofereço ajuda mesmo quando não a pedem. Trato bem até quem não merece, mas faço questão de tratar mal a quem mereça. Digo que amo a quem precisa ouvir. Não digo nada para quem não me faz diferença. Falsidade não a pratico, mas se você for falso comigo apenas lhe oferecerei a reciprocidade.
 
Abraço apertado, beijo sem querer parar e, geralmente, não paro. Aliás, nunca paro, se cansar de mim, me tire da tomada e me coloque para dormir. Porque também adooooro dormir e sonhar. Se eu começo vou até fim, o que não quer dizer que eu siga sempre pelo mesmo caminho. Sei o que quero e busco para ter. E, quando quero, eu quero agora, quero para sempre. Quando não quero é para nunca mais querer.
 
Tenho qualidades, tenho defeitos, sou humana, sou real, gosto dos meus erros, mas quero sempre ser alguém melhor. Carrego saudade, sonho com lembranças, planejo o futuro às vezes presa ao passado de um tempo bom que se foi. Choro, sorrio, envergonho, esforço e me canso. Sim, também vou ao banheiro, todos vão, mas... poucos lavam as mãos, é esse o diferencial. Eu sempre lavo as mãos.
 
A questão não é fazer, mas fazer direito. Não que a perfeição seja uma meta, mas não vou desperdiçar a MINHA vida almejando o imperfeito. Você que faça o que quiser com a sua. Sou sempre quem eu preciso ser. Amiga, amante, carrasca, indiferente, irmã, mãe, incentivadora, opositora, escarlate. Há muitas outras aqui dentro de mim, mesmo que em meu coração ainda haja só uma.
 
Posso estar junto, posso estar distante, não importa. Não sou trivial. Não sou qualquer coisa. Não sou visual. Não sou saco de estrume. E mesmo assim continuo amando quem não me enxerga como eu realmente sou. O que interessa é que estou sempre perto de ir cada vez mais longe. Então, me dê licença, estar fora de controle é o meu ponto de equilíbrio, e quanto a você: limite-me se for capaz.

O tempo...

O primeiro vídeo mostra crianças interagindo com 'modernidades antigas' do nosso passado. O segundo vídeo (cyberpress.ca) mostra pessoas da terceira idade mexendo com gadgets que são modernos hoje. Uma ideia genial. Faz a gente pensar na relatividade das coisas.



Rodrigo, o notável

Ser mãe definiu na minha vida e na minha gestão uma série de possibilidades mais doces e bem mais próximas da alegria constante. Na ótica de uma criança, as perguntas mais complexas se tornam peças de um quebra-cabeça muito óbvio.

"Filho, o que você quer que o Coelho da Páscoa traga pra você?" - perguntei.

Ele: "Ué, mãe... aí onde você vai comprar ele costuma trazer outras coisas que não seja ovo de chocolate?".

#tomanacara

Queria dizer uma coisa

Existe caráter e existe personalidade. O caráter é a estrutura psíquica, ética, moral da pessoa. A personalidade é como a roupa que se veste por cima. Tem gente com ótimo caráter e péssima personalidade. Tem gente que tem personalidade boa e caráter muito duvidoso. E tem gente que tem ambos bons ou ruins. Tem de tudo nesse mundo.

Mas tem uma coisa que vai além. Dá um alento de ver gente íntegra ocupando espaço no mundo. Especialmente num mundo onde tanta gente sem caráter ocupa espaços de alcance e poder.

Pessoas inteligentes, sensíveis, esclarecidas e de bom coração agem como ímãs e polarizam as outras. Alinham os spins. É bom que seja assim. Porque em meio ao caos, vamos vendo quem é quem.

Desejo sucesso a todas as pessoas de bem.

segunda-feira, 11 de abril de 2011

Virtual Choir

O compositor e maestro Eric Whitacre teve uma idéia impressionante. Ele pediu para que pessoas do mundo inteiro enviassem pequenos vídeos cantando uma canção que ele 'regeu'. Juntou tudo e ficou maravilhoso. No dia 7 de abril, Eric fez a apresentação de um novo coral, o Virtual Choir 2.0, com 2502 vozes. O vídeo está aqui. De babar.

TPM é coisa do capeta

Este povo que fica chorando pelos ouvidos por causa do barulho do caminhão de lixo na portaria certamente nunca trabalhou com uma equipe de predominância feminina em tempos de Tensão Pré alguma coisa. Sim. Mulher tem todo tipo de tensão. Menos nas cordas vocais.

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Coca-cola - Razões para acreditar

Prospecta e arrota: vender refrigerante deve ser a ocupação mais prazerosa do mundo, principalmente com peças publicitárias chegando antes do representante comercial. Se eu vendesse coca-cola, hoje em dia, iria deitar e rolar com a campanha atual de que "os bons são a maioria". O primeiro butequeiro que dispensasse a minha oferta de abastecimento ia escutar: "- Ih. Minoria, minoria, minoria!!!"

Tiros em Columbine

Existem duas formas de morrer neste país.

A primeira é recebendo uma formação educacional torpe que nos empurra ao mercado de trabalho (e ao mercado da vida) depois de terem encarcerado a nossa criatividade, nossa capacidade de sonhar e rebaixado nossa condição intelectual para que caibamos num boletim de notas.

A segunda é sofrendo um ataque à queima-roupa, dentro de uma instituição de ensino, onde em tese, somos protegidos por algumas gotinhas de civilidade. As duas possibilidades me ferem igualmente.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Pesquisa

Homofobia sucks

Quase apanhei outro dia quando disse que não respeito os homofóbicos e que eu debocho das suas caras de "blergh!". A filósofa de pastel-da-sorte que tava ao meu lado, falou que isso também era uma forma de preconceito.

É. É sim.

Eu sou bem preconceituosa com gente que não gosta de gente. A homofobia é de fato a maior manifestação contrária à condição humana de amar. E quem não ama ao próximo e desconhece as noções de alteridade e de respeito, eu quero mais é que se dane.