Muito bom. Eita Brasil...
quarta-feira, 26 de outubro de 2011
terça-feira, 25 de outubro de 2011
segunda-feira, 24 de outubro de 2011
sexta-feira, 21 de outubro de 2011
Branca de Neve que nada!
Queria ser como a madrasta!!!
...É você olhar no espelho
Se sentir
Um grandessíssimo idiota
Saber que é humano
Ridículo, limitado
Que só usa dez por cento
De sua cabeça animal...
E você ainda acredita
Que é um doutor
Padre ou policial
Que está contribuindo
Com sua parte
Para o nosso belo
Quadro social...
Eu devia estar contente
Porque eu tenho um emprego
Sou um dito cidadão respeitável
E ganho quatro mil cruzeiros
Por mês…
Eu devia agradecer ao Senhor
Por ter tido sucesso
Na vida como artista
Eu devia estar feliz
Porque consegui comprar
Um Corcel 73…
Eu devia estar alegre
E satisfeito
Por morar em Ipanema
Depois de ter passado
Fome por dois anos
Aqui na Cidade Maravilhosa…
Ah!
Eu devia estar sorrindo
E orgulhoso
Por ter finalmente vencido na vida
Mas eu acho isso uma grande piada
E um tanto quanto perigosa…
Eu devia estar contente
Por ter conseguido
Tudo o que eu quis
Mas confesso abestalhado
Que eu estou decepcionado…
Porque foi tão fácil conseguir
E agora eu me pergunto "e daí?"
Eu tenho uma porção
De coisas grandes prá conquistar
E eu não posso ficar aí parado…
Eu devia estar feliz pelo Senhor
Ter me concedido o domingo
Prá ir com a família
No Jardim Zoológico
Dar pipoca aos macacos…
Ah!
Mas que sujeito chato sou eu
Que não acha nada engraçado
Macaco, praia, carro
Jornal, tobogã
Eu acho tudo isso um saco…
É você olhar no espelho
Se sentir
Um grandessíssimo idiota
Saber que é humano
Ridículo, limitado
Que só usa dez por cento
De sua cabeça animal…
E você ainda acredita
Que é um doutor
Padre ou policial
Que está contribuindo
Com sua parte
Para o nosso belo
Quadro social…
Eu que não me sento
No trono de um apartamento
Com a boca escancarada
Cheia de dentes
Esperando a morte chegar…
Porque longe das cercas
Embandeiradas
Que separam quintais
No cume calmo
Do meu olho que vê
Assenta a sombra sonora
De um disco voador…
Ah!
Eu que não me sento
No trono de um apartamento
Com a boca escancarada
Cheia de dentes
Esperando a morte chegar…
Porque longe das cercas
Embandeiradas
Que separam quintais
No cume calmo
Do meu olho que vê
Assenta a sombra sonora
De um disco voador…
(Ouro de Tolo, Raul Seixas)
Mais sobre espelhos: AQUI!
quarta-feira, 19 de outubro de 2011
Futuro
Eu quero o silêncio das línguas cansadas,
Eu quero a esperança de óculos,
E um filho de cuca legal,
Eu quero colher com amor, a pimenta e o sal ...
segunda-feira, 17 de outubro de 2011
Horário de verão
Segunda-feira... chovendo... ainda por cima acordo pra trabalhar pensando que ainda não amanheceu.
Horário de verão. Da hora.
Horário de verão. Da hora.
sexta-feira, 14 de outubro de 2011
O mico da mediocridade
Estou meio depressiva, sem vontade, me sentindo inadequada. Aquela famosa sensação de ser uma águia andando numa bicicleta.
Não é por nada em específico, mas por tudo mesmo. Uma parte deve ser a consciência que vem com o aniversário, esse evento que nos deixa mais velhos a cada ano. Você começa a olhar "the big picture", começa a questionar o sentido da vida e das coisas. Começa pela primeira vez a se incomodar com o que os outros pensam... (A direção é "sempre em frente").
Mas também não é isso. Não é a "vida". A vida está boa. Acho que o problema é o sentimento em relação à "maioria" das pessoas. Eu não me identifico atualmente com essa maioria, por mais que eu tente.
Hoje, um amigo muito especial me disse que a graça da vida é sempre aderir, ver o que todo mundo está vendo, acompanhar o que todos estão acompanhando, ouvir as músicas que todos estão ouvindo. Mas aí eu vejo os assuntos mais lidos, as notícias mais procuradas, os programas de maior audiência, as músicas mais bombadas e... não me encontro em quase nada. Outro amigo me enviou uma poesia falando sobre mediocridade. O contexto era o mesmo. Um peixe fora d´água... uma avestruz andando de patins... sei lá...
Ok, uma coisa aqui e outra ali me diverte. Mas é como se eu não me encaixasse. A peça fora do jogo, a carta de mico. É isso, o mico da mediocridade caiu na minha mão.
Não estou fazendo parzinho com o mundo. Já se sentiu assim? Pois é assim que estou hoje. Ou melhor, ultimamente.
Eu olho as pessoas, os resultados, as medidas, os hits e fico com a impressão que o público parece criança pequena. Parece medíocre. Só quer comer cheetos o dia inteiro, não quer tomar banho, nem ir pra escola. Eu me sinto aquela mãe que quer que as crianças comam brócolis, estudem e vistam o casaquinho. Isso quando não mando todo mundo pro chuveiro.
Vai passar.
Não é por nada em específico, mas por tudo mesmo. Uma parte deve ser a consciência que vem com o aniversário, esse evento que nos deixa mais velhos a cada ano. Você começa a olhar "the big picture", começa a questionar o sentido da vida e das coisas. Começa pela primeira vez a se incomodar com o que os outros pensam... (A direção é "sempre em frente").
Mas também não é isso. Não é a "vida". A vida está boa. Acho que o problema é o sentimento em relação à "maioria" das pessoas. Eu não me identifico atualmente com essa maioria, por mais que eu tente.
Hoje, um amigo muito especial me disse que a graça da vida é sempre aderir, ver o que todo mundo está vendo, acompanhar o que todos estão acompanhando, ouvir as músicas que todos estão ouvindo. Mas aí eu vejo os assuntos mais lidos, as notícias mais procuradas, os programas de maior audiência, as músicas mais bombadas e... não me encontro em quase nada. Outro amigo me enviou uma poesia falando sobre mediocridade. O contexto era o mesmo. Um peixe fora d´água... uma avestruz andando de patins... sei lá...
Ok, uma coisa aqui e outra ali me diverte. Mas é como se eu não me encaixasse. A peça fora do jogo, a carta de mico. É isso, o mico da mediocridade caiu na minha mão.
Não estou fazendo parzinho com o mundo. Já se sentiu assim? Pois é assim que estou hoje. Ou melhor, ultimamente.
Eu olho as pessoas, os resultados, as medidas, os hits e fico com a impressão que o público parece criança pequena. Parece medíocre. Só quer comer cheetos o dia inteiro, não quer tomar banho, nem ir pra escola. Eu me sinto aquela mãe que quer que as crianças comam brócolis, estudem e vistam o casaquinho. Isso quando não mando todo mundo pro chuveiro.
Vai passar.
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