quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Onde estava a lua


Hoje eu passei a noite com uma dor horrível em algum lugar na cabeça que não me deixou dormir direito. Foi horrível. Uma angústia, sem motivo. Saí do quarto para tentar relaxar, fui para a varanda só de camisola e acabei passando muito frio. Imaginei que a única coisa boa da noite seria ver a superlua. Nublou e o máximo que consegui foi ver a lua em fotos das pessoas na internet. A rede não está boa essa semana. Nada estava dando muito certo. Cai e volta. Volta e cai.

Fiquei horas esperando voltar e não resisti em clicar na rede do vizinho. Desci para beber um copo de água e vi meu filho dormindo. Lindo. Um anjo que vai fazer 9 anos e me ensina mais do que eu aprendi em 38. Voltei para o note e eis que a luz surgiu da escuridão:

Que importa se eu não vou ver a lua no céu porque nublou? Que importa se estou com dor de cabeça? Que importa se eu não tenho um ipad2 ou se a rede está caindo toda hora? Eu tenho uma pessoa que me ama, uma metade, que corre na veia. Tenho vivido momentos maravilhosos que jamais esperava viver novamente nessa vida. Tenho um filho maravilhoso. Tenho amigos, saúde, disposição, vontade de criar. E além disso, tenho sorte. Muita sorte. Eu não devo reclamar. Só devo agradecer por todas as dádivas que o Universo me proporciona. Porque quando menos se espera, dali nasce a luz. E se a lua não apareceu ontem, é porque ela estava estampada bem na minha cara.


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