Sexta-feira divina

Comecei a sexta-feira cedo, cuidando da vida online. Refleti, concluí e repensei sobre os meus amores. Logo depois saí pro trabalho. Aquela chuvinha boa ao som da Roberta Flack no ipod. Tudo o que eu queria pra esse fim-de-semana era essa chuvinha gostosa. Boa demais pra chamegar. Imperdível pra namorar. Aí o ônibus sujou a manga do meu casaco branco. Eu poderia ter ido de táxi mas... aff... nada me tira do sério hoje. Ainda no ônibus, dois caras conversavam sobre assuntos “nada a ver”. Filosofia de tanque, sabe. E falavam alto pra todo mundo ouvir.

Quando escuto filosofia barata sempre penso na imagem de um quintal coletivo, com muitas mulheres lavando roupa no tanque, pé direito apoiado na perna esquerda, filosofando sobre a vida. Eu, entre elas. O ato de lavar, seja roupa, louça ou o que for, é sempre simbólico. A faxina que fazemos nos nossos conceitos. A Internet é um pouco tanque pra mim. Gosto de produzir devaneios. Divagar. E sempre. Há vídeos no YouTube, tweets e posts aos montes, meus também. Somos crianças brincando de fazer piadas soltas no parquinho pela manhã, neste infinito recreio chamado web.

Acho que, no que diz respeito à conduta de cada pessoa, não existe certo e errado, existe causa e efeito.

Se você rouba, sua mãe tem filho ladrão. Faça o que você quiser e aguente as consequências.

Somos livres, como estrelas e isso é Thelema.

Ah, não sabe o que é Thelema? Qualquer hora dessas eu conto ;-)