segunda-feira, 6 de junho de 2011

Estamos vivos

Acabo de voltar de um fim-de-semana maravilhoso na serra, metade com os amigos, metade a dois. Era tudo que eu estava precisando para voltar com a bateria recarregada. Gente do bem, friozinho gostoso, natureza, bons vinhos e aí... pensei loucamente: olha, vamos todos morrer. Ser humano quer dizer isso, ser FINITO. E tem mais, não sabemos exatamente como chegamos aqui nem por qual motivo nascemos do jeito que somos. E a apoteose é que não sabemos nem quando, nem como vamos morrer e nem o que acontece depois! Temos apenas idéias e nomes...

É muita insegurança, não? Somos um mar de dúvidas sem respostas. E que atitude tomar diante disso? Ficar depressivo? Maluquete? Não me parece uma solução divertida. O melhor é brincar de outra coisa, ou melhor, de outro jeito.

Podemos fazer assim. A brincadeira é a seguinte: não sabemos de onde viemos, nem para onde vamos, nem podemos controlar nada do que acontece, certo? Certo. Mas a gente consegue brincar de fazer várias coisas legais. Podemos inventar ocupações, podemos ajudar outras pessoas, podemos rir à toa. Podemos amar a todo momento. Podemos tomar banho de rio. No calor ou no frio. Podemos não levar nada a sério, podemos ser felizes um dia de cada vez. São tantas possibilidades...

Então, vamos parar com isso. Vamos parar de só reclamar, de pensar no que não temos, de nos comparar com os outros, de julgar todo mundo a nossa volta. Vamos parar de ficar nos atormentando com problemas que ainda nem aconteceram ou que não tem mais solução.

Bora lá aceitar e seguir adiante, com leveza.

Estamos vivos! Com uma bagagem de experiência, amigos, familiares, amores, conhecidos, tanta coisa

Vamos parar com tanta frescura.

Vamos botar uma música legal pra ouvir que o clima interior muda instantaneamente.

Vamos lá pra fora aproveitar o dia inédito que a natureza oferece.

Se as dúvidas da existência já trazem sofrimento inevitável, vamos fazer o possível pra evitar todos os outros.




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